Neste
mês de março aconteceu o Dia Mundial da Água. Resultado da preocupação do mundo
científico em relação a esse elemento vital, naquele dia houve discussões,
palestras, propostas e cobranças de diversos segmentos da sociedade da maior
parte dos países. Ainda que, mesmo numa questão que envolve a sobrevivência da
espécie humana, os interesses políticos dividam opiniões, parece que há algum
consenso em que a preservação da água é responsabilidade de todos,
além-fronteiras. Há o temor de que essa consciência tenha chegado tarde e que
os danos provocados pela poluição tenham comprometido definitivamente grande
parte dos mananciais, o que torna ainda mais dramática a situação.
O
paradoxo é que, desde o princípio, o homem depende da água; para a formação de
seu corpo, para a manutenção de suas atividades fisiológicas, para a germinação
e crescimento das plantas que o alimentam. Mais ainda, em função de suas
necessidades básicas, foi às margens de rios e mares que o ser humano se
estabeleceu e civilizou-se. Aprendeu a navegar e expandiu fronteiras comerciais
e culturais, responsáveis por grande parte da evolução da humanidade. No
entanto, alguns milênios transcorreram antes que essa relação entre água,
natureza e vida trouxesse a compreensão da necessidade do equilíbrio e da
preservação.
Natureza
e vida se entrelaçam, de forma tão íntima que não se toca em uma sem abalar a
outra. O místico entende que tudo no universo se encadeia numa ciranda de
causas e conseqüências. As leis dessa mesma natureza atuam nos elementos,
destruindo e reconstruindo as formas e manifestações, no eterno vir-a-ser
vislumbrado por Parmênides. Então, como conciliar as necessidades humanas com a
preservação da ordem natural das coisas?
A
Ordem Rosacruz, em seu 4º Manifesto – Positio Fraternitatis, declara que ”
(...) é evidente que a sobrevivência da espécie humana depende de sua aptidão
para respeitar os equilíbrios naturais. O desenvolvimento da Civilização gerou
muitos perigos decorrentes de manipulações biológicas relativas à alimentação,
à utilização em grande escala de agentes poluentes, à acumulação mal controlada
de resíduos nucleares, para citarmos apenas alguns riscos principais. A
proteção da Natureza e, portanto, a salvaguarda da Humanidade, tornou-se uma
questão de cidadania, ao passo que antes só dizia respeito aos especialistas.
Ademais, ela se impõe doravante no plano mundial. Isso é ainda mais importante
porque o próprio conceito de Natureza mudou e porque o Ser Humano está se
sentindo parte integrante dela; não se pode mais falar, hoje em dia, em
Natureza em si mesma. A Natureza há de ser, portanto, aquilo que o Ser Humano
queira que ela seja”.
Ou
seja, a engenhosidade da mente humana, que tanto já realizou no campo da
ciência, deve encontrar formas equilibradas de se alimentar, se vestir, se
transportar e habitar, que não extrapolem o poder de regeneração do ambiente.
Em conseqüência, o homem precisa rever seus conceitos de necessidade,
descartando os usos e consumos que nada acrescentem à sua existência, seja em
relação à sobrevivência ou à satisfação de seus ideais de conforto,
desfazendo-se das necessidades criadas pelas imposições dos costumes e da
mídia.
Lembremo-nos
que a natureza já é atualmente o que as gerações anteriores quiseram que fosse.
Reflitamos.
(Os
conceitos do presente texto são da responsabilidade de seu autor, não
representando necessariamente a posição oficial da AMORC, exceto onde isso
esteja explicitamente declarado.)
Para
saber mais a respeito da Ordem Rosacruz – AMORC, acesse o site oficial: www.amorc.org.br ou procure um Organismo Afiliado à AMORC (pronaos,
capítulo ou loja) em sua cidade.
O
Pronaos Rosacruz Ji-Paraná – AMORC é localizado na Rua Miguel Ludke, 1.136 –
Jardim Aurélio Bernardi II.
Auro
Barreiros é redator publicitário e atual Mestre do Pronaos Rosacruz Ji-Paraná –
AMORC.
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