Ser professor é ter a vocação de
transmitir conhecimento e alavancar o progresso das mentes.
Pensando nisso, lembrei-me de outras vocações bem significativas: a do médico, cujo
foco é zelar da saúde física, a do religioso, que se propõe a cuidar da saúde
espiritual, e a do político, que pretende participar da construção do edifício
social.
Cada uma dessas vocações, em seu campo, é relevante para o bem das pessoas.
O problema começa com os equívocos na aplicação das vocações; quando as atitudes misturam,
desproporcional e inadequadamente, os conceitos de cada terreno.
Um médico, por
exemplo, pode ser político ou religioso; mas, por bom senso, certamente não
tratará de política partidária quando em consulta ou na sala de cirurgia. No
púlpito, até por respeito aos fiéis, o pastor não fará conferência sobre
medicina, pois está ali para tratar dos fundamentos de sua fé.
Em plenário, seja
qual for a convicção do parlamentar, do político se esperam algumas virtudes
fundamentais: equanimidade, tolerância, senso de justiça, pensar no coletivo
(pois é pelo e para o coletivo que ele foi eleito). Sem falar na honestidade,
pois esta não é virtude: é dever.
E a honestidade
indica que o político não é (ou não deveria ser) eleito para defender os
interesses de seu partido, clube de serviço ou denominação religiosa.
Honestamente, ele lutará pelo direito, pela inclusão social, pelo acesso às
oportunidades para todos os cidadãos. Afinal, a diversidade é uma das
características mais evidentes e necessárias à formação e evolução da
sociedade. Religião, partido, etnia, comportamento sexual, nada disso deve
toldar a visão de justiça de um político por vocação.
É só não misturar
as estações!
Auro
outubro/2015
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